domingo, 24 de março de 2013

Caetano Veloso e a nova ordem mundial.

Ontem teve show do Caetano no Circo Voador. Foi uma decisão de última hora, para os meus padrões. Tive uma reunião de ânimos acalorados de manhã e ir pra Lapa sem ingresso garantido parecia garantia de aborrecimento.

Acontece que o Caetano é mágico. Me perdi da minha irmã e das minhas amigas com vinte minutos de show e acabei assistindo ao restante da performance dele, do meio da arena, sozinha, completamente hipnotizada pela magia que o cantor baiano exerce.

Eu não conhecia a maioria das músicas, do novo CD dele, mas não há como negar, Caetano é Rei.

Fiquei muito impressionada com a mistura de idades, com a quantidade de casais gays, de meninos e de meninas, e como todo mundo parecia inebriado por uma nuvem de felicidade.

Deve ser o máximo passar dos 60 anos causando esse tipo de efeito.

Eu amei a noite, sai de lá apaixonada por Caetano, também. Agora, é refletir sobre o que isso quer dizer sobre "o novo eu".

sexta-feira, 22 de março de 2013

Tudo o que aprendi com a Oprah e com a Disney.

Se um homem te quiser, nada vai impedir q ele chegue até você. Se ele não te quiser, nada o fará ficar. Parem de arrumar desculpas para o homem q está na sua vida e para o comportamento dele com vc. Permita que a sua intuição e bom senso te poupem da dor de cabeça.

Pare de tentar se modificar por um relacionamento que não deve existir. Devagar é melhor, em tudo. Nunca viva sua vida em função de um homem antes de descobrir o que faz você feliz acima de tudo. Se um relacionamento terminou por que ele não te tratou da maneira que vc merece, então vcs não podem continuar tentando. Um amigo te diz com todas as letras que não pode te dar o q vc precisa e merece.

Não se acomode. Se vc sente q ele está te enrolando e mantendo na fita, ele provavelmente está. Novamente, ele não é um cachorrinho traumatizado esperando receber o seu amor. Quando ele lhe disse que não irão avançar nessa relação o que ele quer dizer é exatamente isso.

Se um homem diz que ele só quer sexo casual, ele não deseja secretamente ser convertido em príncipe por vc. Convenhamos, a Disney não pode estar tão errada assim. O Príncipe de verdade está lá, esperando pra abrir a porta do carro pra vc e deixando as neuroses dele pra tratar na analista.

Nós estamos vendidas na imagem de que homens são frágeis e não sabem o que querem. Eles sabem e dizem o que querem. Mulheres escutam coisas completamente diferentes por conta própria. 

A única pessoa q pode controlar o seu comportamento é vc. Não fique pensando q com esse vai ficar melhor. Quem espera por melhoras é paciente terminal. Se vc não estiver com septicemia  coloque uma saia curta e vá tomar chopp com as suas amigas. 

Nunca se convença de que alguém vale o esforço. Um filho vale o esforço, perder 3 quilos vale o esforço, uma amiga q invade a sua casa com uma garrafa de vinho e um pote de sorvete Hagen Dazz vale o esforço. Por mais modernas q tenhamos nos tornado, meninos serão meninos, deixem q eles ajam como tal.

Sempre tenha no seu grupo de amigas alguém q vá lhe dizer coisas não muito agradáveis. Essa amiga q pode parecer uma mal amada, pode ser alguém q vê o q seus olhos apaixonados não conseguem vislumbrar.
Nunca deixe de dizer o que vc realmente pensa. O dia q essa relação acabar, e ela vai acabar, por que ela não é a relação na qual vc deveria estar, vc vai sair sem nada por dizer. Nunca deixe pontas soltas. São elas q te fazem ligar pra um ex esquecido as 3 da manhã depois de muitas doses de vodka. Don´t drink and dial.

Homens errados são como filhotes de cachorro ou coelhinhos q nossas mães dizem q foram morar no sítio da nossa Tia. Nós devemos abrir mão deles antes q eles nos façam ter que cavar o buraco pra colocá-los por conta própria.

Eu cresci fascinada com contos de fadas. Não com o romance em si, mas com as cerimônias de casamento. Levei 20 anos na terapia para perceber que o que eu tanto queria era a validação do amor por mim através de um compromisso perante outros. 

Bom, eu tive isso. Agora eu quero ser feliz. E tomar sorvete de flocos. Em baldes.


quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Setas, a difícil arte de namorar( ou NÃO) e o sorvete de acerola.

Eu comecei esse Blog prometendo ser mais positiva esse ano. Acontece que é difícil ser positiva quando se é tão imediatista como eu sei que sou. Eu aprecio soluções. Eu penso nelas e as coloco em prática e não consigo suportar quando alguém não se habilita a colocar soluções em prática, na hora que eu quero. Do jeito que eu quero.

Eu poderia ser diferente e sigo tentando, até por que não existe "eu sei que sou assim e não posso mudar". A gente pode mudar e deve se uma coisa não faz bem. Isso é a minha mensagem positiva de hoje. Literalmente. Querer é poder.

Eu sempre me perguntei sobre qual era o meu destino, qual era o meu sentido e propósito. Sendo eu uma pessoa que muda de idéia como se muda de roupa, fica difícil descobrir. E eu entendi que era de uma arrogância sem igual acreditar que eu possa ter um destino. Eu posso simplesmente estar aqui pra aprender nessa vida, sem O Segredo, sério.

Estou saindo com um amigo da minha irmã. Sim, a minha irmã. A que é mais nova do que eu. Ele é um cara muito doce. Ele é gentil, bem educado, brilhante sem saber, o que torna ele extremamente charmoso e completamente virginiano.

Acontece que eu não sei como lidar com pessoas que não sabem o que querem. Eu não sei o que eu quero, e de dúvidas bastam as minhas, entende? E eu não sei como isso aconteceu, mas trocamos uma dinâmica doce e divertida para um jogo de alfinetadas. Eu nunca me sai bem em jogos. Sou dessas pessoas que acham que ganhar é a meta, então grande parte da diversão se perdia e eu parei.

Conclusão: Sair com gente é difícil. Não sei se vamos continuar saindo. Preciso realmente decidir como tornar isso uma coisa positiva, pra poder contar no meu Blog como foi transformar isso numa coisa positiva.

Minha empregada trouxe sorvete de acerola pra mim. Ela é tão fofa e cuidadosa que eu acho que deixo ela sem graça com o excesso de intimidade que eu instaurei com beijos e abraços. Mas eu adoro gente que é fofa comigo. Faz parte da dinâmica de concertar a minha asa quebrada.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Silver linning, o Oscar e o sorvete de macadâmia.

Ontem eu assisti "Silver linning Playbook". O filme que está concorrendo ao Oscar, na minha opinião, deveria ganhar todos os prêmios da Academia. De hoje até o fim dos dias. Sério.

A história de um Bipolar recém saído do manicômio e linda, é trágica e uma comédia romântica mais comoventes e cheia de vida que eu já assisti. Bradley Cooper no papel principal, Jennifer Lawrence como a mocinha, totalmente anti heroína e um elenco de apoio que para falar pouco tem Robert DeNiro.

Eu adoro histórias de amor performáticas. Eu gosto de sentir que existe esperança pra gente que fala demais o que pensa e não se encaixa nos padrões. Eu me comovo vendo que estão premiando autores que contam histórias, não de superação, mas de aceitação.

Não vou ficar dando spoiler do filme, deve estrear na 6a e eu recomendo que todo mundo assista. Mais de uma vez.

Quero muito prometer que eu não vou mais desaparecer daqui do Blog, mas pra que prometer coisas que eu sei que não posso cumprir.

Provei um sorvete fantástico ontem. Macadâmia. Era pra eu ter levado num jantar que eu fiz e para o qual eu também fiz brownie de nutela, mas eu esqueci.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

5 dias, Campbell e o sorvete napolitano.

Faltam 5 dias. Em apenas 5 dias meus filhotes vão passar a porção de férias que cabe ao pai. Longe de mim. Serão 3 semanas em que eu não vou poder abraçar, nem beijar, nem dar bronca nem rolar de rir quando a minha filha argumentar que se uma comida cai no chão por menos do que 5 segundos, ela ainda pode comer.

É um processo... Eu sei que eles vão se divertir, vão viajar, vão fazer uma porção de coisa que não fariam comigo por que eu e o pai deles somos como o Sol e a Lua. Sim, para quem ficou na dúvida, eu sou o Sol.

E o que isso tem de positivo? Quer dizer, eu prometi que esse Blog não seria um palco de lamentações. O que existe de positivo nisso é que aprender a deixar nossos filhos aprenderem longe da gente é uma arte. E uma benção. Tem também que essas semanas vão ser mais especial e doces do que todas as outras por que eles vão aprender coisas que eu não poderia ensinar.

Mostrei um vídeo da Jornada do Herói, segundo os passos do Joseph Campbell para o meu filho mais velho. O vídeo está em inglês e eu tive que parar e traduzir. Tivemos que assistir 3 vezes, mas deu pra sentir que teremos mais um escritor na família. Ele entendeu, ponderou e me disse que aquilo era o que tinha acontecido com Herácles, ou Hércules. O jovem passou por 12 trabalhos antes de ser tornar um Deus, e era um menino antes disso. Achei fofo. Achei Nerd. Achei lindo. Pode falar que você também achou. Eu deixo.

Provei sorvete de Napolitano hoje. Daqueles do pote de 2 litros. Delícia. Gostinho de sessão da tarde, nos tempos em que nas férias a única coisa que a gente tinha para fazer era ver televisão.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Maria Illy, Nikolau e o sorvete de Café do Garcia.

Hoje eu me reencontrei com a minha Musa. Maria Illy, é madrinha de batismo do meu filho e prima do meu ex marido. Ela foi escolhida para o posto quando eu ainda estava grávida e, durante um jantar, ela defendeu veementemente a filhota dela. Nada demais. A filha dela é uma alma rebelde como eu, e a Maria Illy é uma leoa, como eu, logo, tudo procede defesa.

Eu fiquei encantada. Eu nunca tinha visto uma mãe vestir tão lindamente a camisa da maternidade assim. Minha mãe é uma amazona, mas ele é o Pilar do Matriarcado. A certeza da excelência. Maria Illy é como eu. Maternidade doce e resoluta. Custe o que custar.

Ficamos afastadas, eu e essa grande amiga. Depois de um divórcio é complicado para todos os envolvidos, parentes, amigos, demonstrarem carinho sem endossar lealdade. E ela é da família do lado de lá. Além disso, ela é muito querida e não queria ter de tomar lados numa fase em que ninguém tem nada de positivo para falar sobre o outro.

Mas hoje nos encontramos. Literalmente. Eu, as crianças, o filho dela, padrinho da minha mais nova, a filha dele e a namorada dele. E a minha vontade é de simplesmente agradecer. Eu tento ponderar entre homens e atitudes divinas, para não ocupar Deus, e meus leitores com meus pontos de vista sobre religião. Mas, a verdade é que tem alguns encontros que só Deus pode explicar.

A bebê do filho da minha grande amiga tem dois anos. Ela está a cara do pai e ao mesmo tempo, tem a natureza da avó e isso é sempre comovente. Meus filhos ficaram encantados por poderem ser primos mais velhos. Eu fiquei encantada por poder continuar admirando tanto essa mulher forte, doce e inteira.

Provei o sorte de café do Garcia e Rodrigues. Pra quem não sabe, o Garcia abriu no Rio Sul. E por mais terrível que seja a experiência de um Shopping aos domingos, não há nada melhor do que o Garcia... Desculpem, não há.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Quase 1000, android e o sorvete de pequí.

E já são quase 1000 acessos ao meu Blog em menos de duas semanas de postagens!!! Tão feliz. Satisfeita de verdade em saber que eu sou querida o bastante para que meus amigos estejam lendo e divulgando o meu Blog. E eu continuo num esforço tão grande para ser mais positiva e menos reclamona, que nem está parecendo tão difícil assim...

Eu perdi meu Iphone no final do ano passado. Ainda rolou aquela tentativa de localizar, mas o problema não é o GPS saber onde o aparelho está, mas sim, conseguir recuperar o tal. É muita burocracia e eu acabei desistindo.

Eu achava que ia ser mais difícil ficar sem aquele aparelhinho lindo e grande companheiro do trânsito carioca. Mas a verdade é que foi tudo bem simples. Eu avisei a todos pela minha timeline sobre a mudança temporária de número, peguei um aparelho antigo e botei um cartão. É bom dar uma desligada de tudo e não poder ser achada com a mesma facilidade. Bom pra mim e melhor ainda pra quem fica com saudades e tem que rebolar pra me encontrar.

Acabei de pegar um telefone novo. Não foi um Iphone por que eu me recusei a mudar para um desses planos mensais milionários que você tem que fazer quando muda de aparelho. O contrato era tão leonino, com adesão de milhares de meses e eu preferi pegar um, não tão cool, mas aparentemente tão funcional quanto. Veremos. Esqueci de comprar o chip pra reativar meu número, então, agora só segunda-feira ele será ligado.

Provei sorvete de Pequí hoje. Bem azedinho, bem sem graça, bem refrescante. Eu sei, é confuso quando eu descrevo assim, mas a busca pelo sorvete favorito é assim. Cheia de altos e baixos.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Bolo formigueiro, Cazuza e o sorvete de cocada do Itália.

Todo mundo tem uma música de ninar favorita. Elas variam de construções pouco engenhosas sobre baleias, serias, gatos sendo agredidos ou rosas indefesas. Eu mesma já cantei muitas dessas músicas pros meus filhos, mas confesso que a educação musical das minhas crianças é pra lá de eclética, pra não sugerir que é simplesmente excêntrica.

Eu lembro como se fosse ontem da minha mãe cantando Cazuza pra mim. Desde pequena lembro dela dizendo que ele era genial e absolutamente ele mesmo. E ela me colocava pra dormir cantando uma música que tem tudo a ver com quem eu acho que eu sou( sim, por que eu não tenho dúvidas de que todas as minhas certezas são apenas suposições).

A música é "Exagerado!" e eu percebo cada vez mais que eu sou assim. A grande questão é que agora eu me aceito assim. Acho que quando a gente desiste da forminha que os outros querem assar o bolo, a vida se entope de doçura e mesmo cheia de falhas, as pessoas se perdoam mais. E francamente, levar a si mesmo a sério me parece uma grande perda de tempo.

Eu sempre adorei cuidar das pessoas. Depois de alguns tombos eu fui ficando mais Atená e menos Deméter. Os arquétipos vão mudando dentro da gente e é nossa obrigação descobrir que Deusa queremos seguir no ano se inicia. Eu fiquei muito surpresa relendo "As Deusas e a mulher" quando eu percebi minha transição de Hera, mantedora das relações estáveis e do casamento para uma Afrodite curiosa e que se despe de preconceitos e se modifica sem tanto mais se preocupar com a opinião externa. Isso não tem nada a ver com relações amorosas. Afrodite era por natureza doce e despreocupada de rótulos. Eu não sei como isso aconteceu, mas o fato é: eu diariamente me surpreendo com o quão pouco sei a meu respeito.

Algumas coisas não mudam, é claro. Eu ainda me pego perdendo o apetite quando me sinto não acolhida ou intimidada por alguém. Ainda cozinho demais quando vou receber em casa. Ainda preciso falar com a minha mãe e com a minha irmã pelo menos uma vez por dia para sentir que essas 24 horas valeram a pena.

Tenho evitado a todo custo fazer doces aqui em casa, mas hoje não tem jeito. Minha filha decretou que ela quer fazer a noite do café da manhã. A gente vai jantar bolos, panquecas e waffles. Preparem os quadris por que serão muitas e muitas calorias.

Provei o sorvete de Cocada do Itália. Então... Tá ficando difícil de algum bater o "Pralines and Cream".

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Conselhos, pizza e o sorvete de fruttily.

Eu me considero um bom ombro amigo. Tento ser uma boa ouvinte e principalmente, uma amiga que ouve sem julgar. Acho importante quando se ouve uma história. Fazer o meu melhor para imaginar que mesmo não concordando, eu possa ter empatia com o que a outra pessoa está vivendo.

Mas eu não chego aos pés de alguns amigos queridos.

Tenho um amigo baiano, Pedro Ivo, ele dá os melhores conselhos. Ele escuta e palpita sem que se perceba o menor sinal de hesitação. Ele faz com que eu me sinta acolhida em cada palavra que ele escreve( nos falamos mais pelo Facebook). Quando eu penso em alguém com quem é prazeroso conversar e contar nos mínimos detalhes o que está se passando, eu penso nele.

E hoje eu me senti especialmente acolhida. Não só por esse amigo, mas por uma amiga querida, com quem a princípio eu não teria o menor sinal de semelhança. Ela é perfeitamente capaz de entender coisas que estão completamente fora do cotidiano dela, e vislumbrar soluções com uma doçura admirável e por isso eu adoro a Carol. Ela é mãe de um amigo do meu filho e sempre que nos encontramos, mesmo que nossas experiências de vida tenham nos levado pra lugares completamente diferentes, ela faz um esforço, sorri e impreterivelmente tem uma palavra de alento.

Comemos pizza com as crianças hoje e ela conseguiu, mais uma vez, fazer com que eu confirmasse minha atitude renovada de ser uma pessoa positiva.

Hoje eu me arrisquei. Provei o picolé de fruttily da kibon. Nada mais exagerado, nada mais artificial, nada mais delicioso. Mesmo sendo horrível, o sorvete é ótimo. Dessas deliciosas surpresas da vida. 

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

TPM, segurança e o sorvete de flocos da kibon.

É mais difícil se manter com uma atitude positiva quando entramos na TPM. É uma tarefa Hercúlea a qual me propus e, talvez, se eu tivesse levado em consideração isso quando o Blog começou eu não teria me comprometido com posts diários de um projeto de uma corrente de pensamento positivo.

A questão, e se eu pensar bem, é só isso que é, uma questão, é que tudo o que eu preciso pensar é que em três dias as coisas parecerão mais simples. O grande problema da TPM, na minha opinião, é a certeza momentânea de que problemas simples vão se manter sem solução. Isso e o fato de que "All by my self" fica tocando na minha cabeça como se não houvesse amanhã...

Eu já sobrevivi ao primeiro dia da TPM agora só faltam dois dias e em breve minha gêmea complicada vai me dar adeus e vai voltar para Deus sabe onde.

Minha irmã está recebendo amigos do colégio na minha casa agora. Eu vim dormir na casa da minha mãe, como de vez em quando faço por livre e espontânea vontade. É bonito ver minha irmãzinha dando um exemplo e seguindo com a vida dela de forma tão leve. Ela começa o dia malhando, vai para o trabalho, enfrenta os desafios e toma cerveja com os amigos. Parece muito simples, mas eu tenho o maior orgulho por que tenho certeza de que lidar com uma separação pode ser uma situação difícil de levar com graciosidade, e ela leva.

Até o fechamento dessa edição eu estou mantendo a minha posição de não falar mais sobre a situação da próxima geração de crianças criadas por babás. Prometo. Acho que é a minha contribuição de hoje para um mundo melhor. Não polemizar mais sobre esse assunto.

Provei sorvete de Flocos da kibon hoje. Misturei com um pouco de guaraná. Igualzinho meu pai fazia pra mim quando eu era pequena. É tão bom que eu pude sentir o cheiro da loção pós barba dele. É tão bom poder lembrar.


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Diversificar, investir e o sorvete de brigadeiro.


Apreciar as diferenças tem sido um desafio constante pra mim. Minha natureza além de questionadora é de “consertadora”. Não adiantava, eu sempre achei. Mas adianta. Percebo cada vez mais que cada vez que eu aceito que as pessoas são e serão diferentes de mim e que deixa-las fazer as coisas do jeito delas garante pessoas felizes perto de mim.

Não fazer piadas o tempo todo está sendo mais difícil... Bem mais difícil. É complicado principalmente quando eu vejo as notícias na Globo.com. As notícias de uma maneira geral parecem estar sendo feitas para que pessoas como eu repercutam de maneira negativa a clara exposição de matérias e pautas inúteis. Mas esse é o Blog do positivismo e eu vou falar de uma boa notícia.

Redescobri meu amor por mitologia nas últimas semanas. Não digo isso apenas por mérito de curiosidade, mas por que acho, acredito piamente que através de arquétipos e mitos podemos entender muito sobre nós mesmos e sobre a maneira como construímos relações ao nosso redor. É incrível descobrir que Jung estava certo e eu passei anos deixando Freud mexer com a minha cabeça.

Estou adorando esse tempo dos últimos dias. Sim eu prefiro dias nublados. Existe alguma coisa de fascinante, pra mim, em ver como as pessoas se vestem melhor e ficam mais bem humoradas quando a temperatura não está Senegalesca.

Provei sorvete de brigadeiro hoje. Não vai entrar no Top 5. 

domingo, 13 de janeiro de 2013

Zé Marcos, Pedro Ivo e sorvete de creme com banana do Aprazível.

Ontem eu me reencontrei com as minhas origens. Alguém pode ter dado falta do meu Post de ontem, mas esse final de semana, dois amigos queridos, próximos e absolutamente desconhecidos vieram ao Rio de Janeiro para rever meu irmão, mas quem ganhou o presente fui eu.

Não quis escrever Posts individuais sobre os dois dias da estadia desses amigos aqui. Preferi condensar a experiência num Post único e feliz, como é esse que eu escrevo hoje.

A experiência toda não poderia ter sido mais precisa para me ajudar a comprovar a minha experiência de melhor a minha qualidade de vida, e das pessoas mais próximas de mim, em sendo positiva.

É muito mais interessante a gente aprender sobre quem queremos nos tornar do que sobre quem fomos. A minha opinião é de que, encontrar pessoas que contribuam com a descoberta do caminho em que queremos seguir, e como seguiremos nesse caminho, é um privilégio.

Meu irmão refez as pontes e o contato com os amigos de infância de nossa cidade natal na Bahia. Ele foi capaz de percorrer um caminho que eu tenho dificuldades de me abrir para: ele se arrisca sem saber o que vai encontrar do outro lado.

Demos sorte, e eu confesso que me encontro encantada e surpreendida. Zé Marcos é certamente a pessoa mais engraçada e pra cima que eu conheci nos últimos anos. Um homem que é capaz de prover para sua família, construir um patrimônio, lutar e rir, rolar de rir. Enquanto eu aprendia com ele sobre pessoas e uma cidade que é minha, mas que eu nem lembro, eu pude ver de perto que tipo de mãe eu serei e que tipo de amigos eu quero que meus filhos tenham.

Eu pude ver de perto o que eu ando recebendo do universo.

E pude entender que almas gêmeas não são necessariamente pessoas apaixonadas. Podem ser dos amigos, um de Brasília e uma do Rio, compartilhando detalhes, impressões e certezas. Um aquariano como esse, eu não acho todo dia.

O sorvete de creme com banana do Aprazível, em Santa Tereza valeu a chuva, a vista o dia.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Pão com manteiga, afeto e o sorvete de Pé de moleque.

Eu acho super normal mudar de idéia. Eu cresci num ambiente em que eram permitidas pequenas e grandes mudanças. De esporte, de curso de línguas, de matéria preferida, de religião. Acho que isso pode ter contribuído um pouco para que eu me tornasse meio nômade, meio diletante e bastante indecisa.
Chamo de indecisão na falta de uma palavra melhor. Na verdade, acho que eu acredito, aceito me entrego de verdade, mas depois de um tempo, aquilo não bate mais forte e eu preciso de um desafio novo.

Minha mãe sempre foi uma mulher de se encantar com os filhos. Ela é daquele tipo de pessoa que exige excelência até na mediocridade. Passar manteiga no pão tem que ser feito da melhor maneira possível, afinal de contas, é uma atividade digna como qualquer outra.

Parece vazio falar de opiniões generalistas assim. Eu por exemplo fiz diversos esportes. Minha mãe comprava roupa de judô, ballet, sapateado, ginástica rítmica, curso de corte e costura, dança de salão, curso de contadores de história, acrobacias e nem sei mais quantos. Eu e meus irmãos andávamos pelo clube escolhendo, como se estivéssemos num buffet interminável de opções. Até que eu me encontrei. Na natação. E a natação me encontrou. Pra sempre. E eu sei, que posso não saber nada ainda, mas eu sei que eu sou uma nadadora.

Tenho tentado reduzir ao máximo as idas a restaurantes. Eu adoro comer fora e adoro bater perna, mas o Rio de Janeiro está tão proibitivo que o melhor é tirar o pó dos livros de receita e alugar todo estoque de filmes disponível no NOW.

Eu tinha esquecido como é bom escutar que alguém gosta da gente. Mesmo quando a gente não pode, não quer, não acha que deve. Afeto fortalece.

Provei um sorvete fantástico hoje: Pé de moleque. Amei, quero mais, estaria disposta a comer até que ele se torne uma das minhas coisas favoritas que ficam obsoletas depois dos meus exageros.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Noviça Rebelde, arquitetura e o sorvete de manga.

Eu acho que devem existir medidas para deixar a nossa vida mais fácil, mesmo quando ela estiver especialmente difícil.

Tenho, tentado, colocar em prática coisas, pequenas, no meu dia a dia, na esperança de que os problemas não pareçam tão sem solução, ou que pelo menos eu saiba que posso me conformar com a falta de solução.
Eu tenho evitado me comparar com outras pessoas. Como meus irmãos, amigos, conhecidos, personagens da ficção agiriam se confrontados com um ex marido como o que eu tenho não me ajuda em nada.

Tenho evitado o apelo visual. Sim, isso mesmo. Não ver pessoas, isso, no Rio de Janeiro não dá pra evitar, só dá pra torcer. Tenho evitado saber sobre pessoas, ou provocações nas redes sociais. Parece bobagem, parece juvenil, mas cada um sabe o seu gatilho, e essas pequenas maldades virtuais podem afetar nosso dia de maneira extremamente negativa e eu não quero mais isso pra mim. Especialmente se eu pensar que nada do que for escrito por alguém, mesmo algo pernicioso, nada poderá me atingir enquanto eu não souber. E ganhar esse tempo entre o problema virtual e um problema real pode ser muito importante num dia em que a gente tem uma reunião importante ou vai encontrar alguém que a gente ama e que merece o nosso melhor.

Tenho tentando pensar em uma benção para cada obstáculo que se coloca. Por mais bobo que isso possa soar, me pego sorrindo, ás vezes, no meio de rodamoinhos usando a técnica da "Noviça Rebelde".
Existem pessoas que simplesmente devemos evitar. Tem gente que a gente ama, adora, que tem uma conversa engraçada e sempre tem as melhores histórias pra contar. Mas se essa pessoa for alguém que te suga as energias ou que ajuda a colocar lenha numa fogueira que já tem chamas o bastante, acredito que devemos ficar longe dessa pessoa até a gente se fortalecer o bastante pra saber pedir pra ela mudar de assunto.

Tenho evitado entrar em polêmicas. Já tinha falado sobre isso. Cada palavra que a gente coloca pra fora é interpretada de uma maneira cada vez que é passada para frente. Quanto menos certeza tivermos sobre assuntos que não são essenciais pra gente, mas amigos vamos ter. Juro. Sei que é uma afirmação, e só de ser uma afirmação já soa polêmica, mas acho que é preciso se despir da vaidade de querer estar certo para podermos perceber que a nossa verdade só é válida enquanto estivermos acompanhados. Ter razão sempre pode ser extremamente solitário.

Tenho tentado com todas as minhas forças pensar e vibrar de forma positiva. Cada vez que eu me esforço para acreditar que as coisas vão dar certo, eu me sinto mais forte e mais consciente da minha participação em cada situação em que eu me encontro.
E finalmente: a ordem, para mim agora é a limpeza. Cortar gastos, pessoas, móveis, objetos, tudo o que não for indispensável.

Provei sorvete de manga hoje. Na sorveteria Itália. Não achei nada demais.

Namorei um arquiteto por uns meses, há muito, muito, tempo. Ele escolhia os melhores sorvetes. Vou tentar puxar na memória os nomes e ver que gosto tem cada um deles sem eu estar apaixonada enquanto eu tomo. Deve ser uma experiência interessante.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Leblon, Francesinha e o sorvete de pequi.

Eu amo o Leblon. Tentei detestar o Leblon, num período em que eu estava implicando com o bairro por estar hospedando pessoas que eu considero pouco ilustres, mas não durou.
O bairro está no meu coração e eu acho de verdade que o Leblon é uma galáxia, um mundo paralelo onde tudo é melhor, mais saboroso, mais lento. Eu acho que até a minha pele fica melhor no Leblon. Intensamente falando: como eu posso não morrer de amores por um lugar onde existe tudo, tudo, tudo de mais elegante, adorável e clássico no quesito "carioca life style". E o Leblon ainda consegue ser Hype, cool, trendy. Eu amo amar o Leblon. De forma hiperbólica assim mesmo. Se pudesse postava beijo na tela e tudo.

Eu estou devendo uma visita para a minha manicure. Ir ao salão é uma das coisas que eu mais gosto de fazer, mas é a primeira coisa que vai embora quando as calças apertam e o bolso grita. Me prometi um pequeno prazer e essa semana vou ver a Ísis, minha manicure linda. Vou pintar minha unha de francesinha. Comemorar minha nova fase meiga.

Provei um sorvete de Pequi hoje. Tinha começado a chover forte, mas ainda rolava um mormaço, aquele bafo quente de quando a água ainda não conseguiu amansar o asfalto borbulhante. Delicioso. Mas acho que é daquelas coisas que só funcionam num dia em que você já está feliz. Não sei se serviria pra aplacar a dor de ninguém. Resta comparar.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A torre, a piscina e o sorvete de lichia.

Eu adoro o livro "O mundo das crianças". Das minhas melhores memórias de quando eu era criança são dos momentos em que a minha mãe lia esse livro para nós. Um livro imenso de capa vermelha cheio dos clássicos de fábulas, contos de fadas e histórias para crianças pequenas( literalmente existe um capítulo com esse nome).

Recentemente eu tomei pra mim esse livro da casa da minha mãe. E li, entre outros a história da Rapunzel para a minha filha. Eu não lembrava como era a história de verdade. Fiquei impressionada de como se perde umas coisas lindas de se aprender quando a gente passa para o lado Disney da força. Recomendo a experiência. Eles aprendem e não se assustam minimamente com Barba Azul e cia.

O Rio de Janeiro tem umas coisas tão deliciosas... Que maravilha uma cidade em que a gente pode andar 15 minutos e está dentro da piscina de um clube. Me sinto tão privilegiada e querida quando estou mergulhada no conforto de uma piscina. Juro. Poucas coisas são tão reconfortantes pra mim.

Provei o sorvete de lichia. Eu tenho um certo problema com a comoção que esse fruta causa. Não entendo o por que da moda, mas provei e gostei. Muito doce, não dá pra tomar muito. Mas tem gosto de caipisaquê sem álcool. Coisa estranha de se dizer, eu sei... Mas foi a sensação que eu tive.

Ah... O verão...


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Tarantino, Jane Austen e o sorvete de tapioca.

Eu adoro os filmes do Quentin Tarantino. Gosto muito. Considero as histórias que ele conta edificantes. Eu me explico. Pode parecer estranho, não é? Woody Allen, mesmo quando cínico, amargo, parece mais edificante contando suas histórias de amor do que o Tarantino. Acho que, talvez, isso possa ser um jeito pouco otimista de olhar para o Tarantino.

E, como vocês lembram esse é o Blog do Otimismo. Não é apenas ser Poliana. Aqui, eu vou fazer uma tentativa diária de modificar a maneira como eu vejo, observo e sinto o dia a dia. E, vou testar, se, em sendo mais positiva, escrevendo de forma mais positiva, observando de forma diferente, eu posso sentir diferente.

Mas bem, o Tarantino. Acho um cara que faz um cinema extremamente leve. Não apenas por que ele não pretende ser o Proust ou Damier. Mas por que no cinema do Tarantino, esteticamente falando, estamos dentro de um Gibi, e mesmo com tanto sangue, isso não pode ser ruim.

Tarantino coloca pra fora. Ele transforma em histórias, entretenimento, em marca e produto, personagens e suas trilhas sonoras. E tenho a impressão tudo o que ele sente mais "dark". É como o Stephen King, só que bem humorado. Acho que se o Tarantino tem traumas, inimigos, desafetos, corações partidos, ele os transforma em personagem, degola eles na tela e vai dormir. Bem humorado, feliz, charmoso e bem sucedido.

Eu sou uma daquelas pessoas duronas que chora toda vez que assiste "Orgulho e Preconceito". Não o filme, por favor, o seriado da BBC, com o Colin Firth beeeeeem moço fazendo o papel do Mr. Darcy. Se eu quero um amor como o dele e da Elisabeth? Imagina...

Provei o sorvete de tapioca. Peço desculpas a todos os envolvidos. Fail, não curti. Tomei um picolé de limão ainda agora, com o qual estou muito mais satisfeita.

De qualquer maneira, estou adorando provar todos os sorvete, com calor ou sem calor. Faz bem descobrir coisas novas e inimagináveis sobre a gente. Eu curto.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Cinema francês, Majórica e o sorvete de brigadeiro do Mil Frutas.

Eu adoro as grandes polêmicas. Tenho tentado ficar longe delas, por mais que isso me corte a carne, por que eu preciso me manter longe de situações em que eu acabe escolhendo uma causa. O problema, não são as pessoas discordando. O problema é que eu escolho causas. Me deixa triste e irada ver quando as pessoas se comportam de forma homofóbica, por exemplo, mas não é a minha obrigação catequizar ninguém. Eu estou aqui para finalmente descobrir qual é o meu sabor preferido de sorvete. Nada mais.

Mas eu acho que existem demonstrações muito bonitas de tolerância também. Eu, que sou uma mãe, altamente tatuada e falastrona, fui mais do que acolhida por uma das outras mães da escola dos meus filhos. Eles estudam numa escola super tradicional, e eu passei um tempo meio que tentando encontrar a minha turma, e assim, deixar mais fácil o caminho para que ele encontrasse a turma deles. Mas eu imagino que seja muito mais fácil formar grupos de acordo com a concordância de pensamentos. Não para a Carol. A Carol, essa mãe, que hoje também é uma grande amiga, acolhe, agrega e nutre todos os tipos de amizade. E ela é um exemplo que eu estou tentando seguir. Coincidentemente ou não, a Carol é uma das pessoas mais sorridentes que eu conheço. Acho que faz bem pra alma quando a gente se afasta do conflito. Acho que a gente alcança o que a gente vibra para o Universo. Tenho certeza de que a Carol merece todas as coisas mais lindas do mundo, é uma energia muito legal, a que a gente vibra quando concilia e agrega, mesmo na diferença.

Tenho assistido muito Truffant para o longa que eu estou escrevendo. Posso dizer? Gosto, curto, acho fofo, mas eu não consigo me aprofundar no sentimento pelo Truffant como eu sei que deveria ser pré-requisito que eu faça.

Em compensação eu AMEI "Qual é o nome do bebê". Quero ganhar um beijo, nem que seja na bochecha daquele ator que faz o papel do reacionário pai da criança que está para nascer. Recomendo o filme, que é rodado em somente 3 ou 4 locações. Fofo, fofo, fofo.

Fui almoçar na Majórica pela 1a vez após a reforma. Delícia de almoço. Sensação gostosa de saber que eles voltaram depois do incêndio. Majórica faz parte das minhas lembranças divertidas de infância e eu adoro que meus filhos possam ter isso também.

Na boa... Sorvete de Brigadeiro do Mil Frutas... O que dizer sobre um sorvete que tem brigadeiro dentro dele? Veja bem: não é sabor de brigadeiro! É brigadeiro de verdade dentro da bola de sorvete!

sábado, 5 de janeiro de 2013

Tequila, o velocino de ouro e salada de frutas.

Eu tive uma cachorra linda quando eu era mais nova. O nome dela era Tequila. A Tequila era minha e dos meus irmãos, mas eu acho que a gente amava tanto a Tequila que a gente era um pouco dela também.
Eu e a minha irmã subimos a Pedra Bonita com um grupo, lá na subida, depois de horas de caminhada, nós fomos assaltadas. Foi tenso, apavorante e bem perigoso. Um bando de meninas e três assaltantes. Quando a gente voltou pra casa, a Tequila veio, sem correr lamber a minha mão e a da minha irmã. A minha irmãzinha, que é uma pessoa muito doce, estava terrivelmente abalada com o assalto. Eu, que tenho uma natureza mais indomável, mais inconformada, menos resiliente, estava transbordando raiva.
Tudo o que eu conseguia pensar era que eu queria que achassem os três rapazes. Eu queria eles presos. Queria ir olhar fotos na delegacia até achar os três assaltantes. Eu tinha doze anos. Não fazia sentido toda a história de ir na delegacia. Minha mãe é incrivelmente sábia e me ama indiscutivelmente do jeito que eu sou.  Ela me deixou gritar tudo o que eu podia. Me deixou chorar também, por que as vezes, a raiva é só um jeito que a mente encontra de sofrer sem derramar lágrima. Eu dormi. A Tequila dormiu debaixo da minha cama a noite toda. Uma husky siberiano imensa, cheia de calor passou a noite inteira enfiada debaixo de uma cama pra velar o meu sono. Por isso eu digo que a Tequila era minha também. Mesmo que ela fosse, na verdade, do meu irmão mais velho.

Eu adoro dizer: velocino de ouro. Não tem explicação. Não me perguntem por quê. Acho a história fantástica? Acho. Adoro mitos, provas, batalhas. Adoro pensar que um velocino de ouro pode ter movimentado tanta gente a fazer tanta coisa. E mais, gosto de pensar nas coisas que o ser humano fazia quando não existia a televisão.

Eu ando meio viciada em salada de frutas. Não parece uma informação relevante pra eu dar, assim, num Blog diário, mas pensem bem. Se eu resolver entrar numa vibe salada de frutas, quando eu vou descobrir que sabor de sorvete é o meu favorito?

Isso não é uma metáfora. Por tanto, em nome da continuação do meu Blog, pelo bem do meu projeto, sem ironia nenhuma: provei um picolé de uva da Kibon. Eu já tinha tomado picolé de uva da Kibon, mas hoje eu acho que ele estava muito melhor. Pode ser que eu estivesse de bom humor, naquela praia linda que é Grumari, mas posso dizer que adorei. Quem pode saber quem vai ser o sabor de sorvete vencedor? Só em 2014.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Julie, o email e o primeiro sorvete.

Dando uma recapitulada: esse aqui é um Blog de projeto anual. Mas é o projeto pessoal de uma pessoa com o espírito combativo, que tem como meta se tornar uma pessoa mais doce. É também o projeto, a meta de dissipar histórias bonitas e felizes. A idéia é fazer sorrir quem ler. E que essas pessoas façam outras pessoas sorrir e assim por diante. É uma meta, um projeto, um teste ao mesmo tempo. E até o dia 31 de dezembro de 2013, eu pretendo mostrar pra mim mesma que, sorrir é, efetivamente, o melhor negócio.

Julie é uma mãe que eu conheço. Ela é loira e tem uns cabelos californianos lindos. Ela não é da Califórnia, mas é uma daquelas mulheres que poderia facilmente estar num editorial sobre pessoas lindas, saudáveis e que querem que outras pessoas sejam mais saudáveis também. 

Mas a Julie não é modelo/manequim. Ela é primeiramente, na minha opinião, uma mãe. Depois ela é uma ativista fervorosa, mas não daqueles que combatem. Julie é uma ativista fervorosa da opção pela caridade e do esforço pelo outro. 

A Julie tem lutando bravamente. Ela teve câncer. Digo teve por que eu sei que ela não vai ter mais. Tenho certeza, rezo e me dá uma vontade louca de sorrir quando eu falo assim: " A Julie TEVE câncer". Ela perdeu os lindos cabelos. E um pedaço importante dela como mulher. Mas a Julie, impressionantemente não para de sorrir. E a Julie continua a fazer longas caminhadas todos dias. E a ajudar tanta gente no Sudão. E a Julie continua sendo mãe. E isso pra mim isso é muito bonito. Você continuar no esforço para ser o que você é. Sim, por que uma adversidade pode mudar a gente. Pode tirar a gente do prumo. Pode tirar a nossa habilidade de lembrar quem é aquela figura ali, refletida no espelho de manhã. Mas a Julie lembra. E a Julie sorri... Como a Julie sorri bonito. É como comer um biscoito, tão bom que é ver a Julie sorrir.

Eu achei importante contar a história da Julie. Não só pela minha admiração por ela, mas também para tentar desvendar esse mistério de como alguém tão longe pode estar tão perto da gente apenas existindo de uma forma tão positiva assim. Inspirando. 

Minha irmã escreveu um email lindo. Não foi só para mim. Foi um email de gestão de crise. E o que disse sobre o email foi das coisas mais bonitas que eu já ouvi. Ela disse que escreveu o email para blindar o coração da gente de tudo que pode não ser bom de sentir. E eu acredito que o que ela queria era terminar um ciclo de coisas ruins sendo ditas da forma mais generosa que ela pudesse, para que mesmo de lados opostos, todos pudessem sentir um pouco daquilo também. 

Eu acho que o sorvete "Pralines and cream" vai ser um dos finalistas da disputa pelo título de meu sorvete favorito.  

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O primeiro post.

Hoje não é dia 1o de janeiro de 2013. Hoje sequer é dia 2 de janeiro, mas hoje eu começo um novo Blog. É um projeto diário, como qualquer outro. Mas eu sou diferente dos outros. Eu tenho um total e absoluto desrespeito por regras e convenções, eu sou indisciplinada e principalmente, eu sou de um jeito que eu nem sei que eu sou.
A gente que escreve, geralmente escreve, para não enlouquecer. Ou para alguém escutar, mas a gente escreve, principalmente por que a gente tem algo pra dizer e não quer mais berrar.
Recentemente eu descobri que eu não sei meu sabor favorito de sorvete. Ou a carne que eu mais gosto, ou mesmo de que lado da cama eu prefiro dormir.
Descobri também que eu sei exatamente que sorvete eu detesto, quais são as cores de roupa que ficam pior em cada tipo de pele e qual é o tipo de comida que eu não gosto de jeito nenhum.
Descobri também que há dois anos eu não consigo iniciar conversas com comentários positivos ou neutros. Eu venho usando humor como mecanismo de defesa, e isso incomoda, incomoda muito mais.
Eu decidi escrever esse Blog por que quero iniciar uma campanha comigo mesma e, com sorte, com outras pessoas: até o final do ano, até o dia 31 de dezembro de 2013, eu vou escrever todos os dias nesse Blog uma coisa positiva sobre alguma coisa ou alguém. Nem que seja uma crônica de ficção. Mas essa história vai ser uma história com início, meio e fim feliz. O nível de clichê vai ser esse. Aqui só entram elogios, gracejos, boas novas e sabores de sorvete que eu vá gostar.Aqui só entram histórias lindas que possam fazer com que alguém sorria num calor de 100 graus sem ar condicionado. Aqui, só vale entrar se for pra fazer sorrir ou "ser sorriso".
Aqui é vetado que eu faça críticas ou julgamentos de caráter. Aqui, eu posso falar da minha irmã que é linda, doce, boa tia, admirável. Aqui eu não posso passar recibo de mágoas. Aqui eu não posso ter razão.
Espero criar histórias divertidas. Espero ser lida, ser divulgada. Como toda pessoa que se define como um escritor, eu espero ser querida. Espero criar histórias engraçadas, mas que as pessoas possam dar risada comigo, e não dar risada de ninguém. Espero achar lindas notícias positivas e de superação pra contar.
Enfim, é isso. Um 2013 lindo para todos nós e que eu descubra finalmente de que sorvete eu mais gosto, qual é minha comida favorita, de que lado da cama eu prefiro dormir e que boas histórias felizes são as melhores histórias que há pra se contar.